quinta-feira, 17 de março de 2011

O ser de Parmênides (16/03)

  1. Sobre o prólogo (parte inicial do poema);
    • O trajeto à deusa Justiça (Dikê); este caminho assim como todo prólogo do poema tem a função de mostrar que a fundamentação do caminho verdadeiro não é um questão pessoal e individual e muito menos humana de Parmênides, mas se trata de algo objetivo e supra-humano. Algo para além da inconstância do homem e de suas sensações e opiniões; pois, é uma verdade que só uma Deusa pode dizer.
    • Os dois caminhos, uma da mudança e da opinião o outro da Verdade imutável e invariável;
      • "Só o Ser é, o Não-Ser Não é". É o princípio de toda ontologia ocidental, um Ser que é um todo abstraido do sensível e mutável que se encontra na sensibilidade dos homens. O caminho do ser é o caminho único da verdade que funda a ontologia e sua pergunta pelo "ón" (ente) em e para si;
      • Além de logicamente expressar um principio do pensar como essencial, o PNC - Princípio de não-Contradição;
  2. "Pois o mesmo é Pensar e Ser";
    • Esta estrofe do poema de Parmênides se coloca no princípio de toda metafísica ocidental, por isso é considerado o "Pai da metafísica", a quem Platão rende homenagens e se coloca como "Filho" de seu pensamento;
    •  Entender esta identidade entre o Pensar (noeîn) e o Ser (eînai) é entender como tudo o "que é" é também pensamento; há uma abertura para o idealismo (tal como entendido por Platão). Em seu significado tanto Ser quanto Pensar, se inter-penetram como uma só realidade. O Ser, assim, abstrai-se de todo sensibilidade em um Pensar ontológico e objetivo na realidade.
    • Esta identidade Ser-Pensa não é simples, pois há possibilidade do erro e do não-ser, mas trata-se de um dos mais importantes parâmetros para o caminho da Verdade;
    3.  "É preciso que o dizer (légein) o pensar (noeîn) e o que é sejam (éon)"
    • Aqui é possível verificar uma inter-relação entre o dizer, em seu ato pragmático-linguístico, o pensar, noético-especulativo, e "o que é", uma ontologia. Ou seja, Dizemos o que pensamos do ser, sendo o Pensar e ser o mesmo,; dizemos ontologicamente o-que-é e o pensar. Trata-se de uma medição linguística de ser-pensar.
Parmênides se contrapõe a Heráclito em sua filosofia dialética dos opostos na realidade em devir. Trata-se em Parmênides, de uma filosofia monológica e unitária do ser. Só o caminho de Ser é. A unidade pensar e ser é um parametro essencial para  o caminho da verdade do Ser, sendo uma unidade especulativa (puramente intelectiva e ontológica do real em sua realidade única como Ser).

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

1.0 A dialética dos contrários de Heráclito ( 23 e 25 março)

a) Como afirma, Heráclito devemos ouvir o lógos e não a ele (como um particular);
b) O  lógos se expõe como um todo que é a harmonia dos contrários;
c) Os contrários em sua luta são enquanto não são... ou seja, são enquanto são outros de si. Sendo passagem de um ao outro de si ( em uma oposição determinada = o oposto de dia não é morte, mas noite, sendo assim, não é um oposto qualquer, mas um outro de si do mesmo);
d) A  cada momento o dia não é dia, mas uma esvanescência (um deixar de ser sutil)  gradativa para a noite, é o que denominou de Devir;
e) O devir está para além do puramente sensível .. ele é em si e para si algo conceitutal e, logo, especulativo, sua representação como fogo é figurativa.

Heráclito conseguiu mostrar os opostos como unidade no conceito de devir, que está para além de pura relação fenomênica das oposições particulares (fogo-água, quente-frio, dia-noite); seu pensar se movimenta na universalidade do próprio movimento no conceito de Devir (vir-a-ser... ou passagem do ser ao não-ser). [por isso não cabe exemplos figurados representativos e particulares].

O texto do professor Ericson Coriolano pode ajudar na compreensão da dialética de Heráclito: O Absoluto como processo em Heráclito e Hegel

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Roteiro de Assuntos

Dialética I

 Introdução 18/02 

1.0   Sobre o conceito de dialética; à 18/02
1.1   A Dialética dos opostos em Heráclito; à 23/02, 25/02, 02/03, 04/03
1.2   O Ser de Parmênides; à 16/03 
(Feriado 7, 8, 9, 10 e 11)
1.3   A dialética como paradoxo em Zenão de Eléia; à 18/03, 23/03

Prova dia 25/03

2.0   Platão 30/03
2.1   Diferenciação entre dialética e matemática; à 30/03, 01/04, 06/04.
2.2   Parmênides (Primeira parte): sobre a metodologia dialética; à  08/04, 13/04, 15/04, 20/04, 27/04
(Feriado 21 e 22)
2.3   O Sofista de Platão e a dialética da alteridade; à 04/05, 06/05, 11/05, 14/05, 18/05, 20/05, 25/05, 27/05;
3.0    Metodologia da pesquisa e do trabalho de avaliação à 01/06, 03/06
4.0   Primeira  revisão (e orientação) da escrita e correção dos textos;  15/06
5.0   Entrega da avaliação 29/06 (Última data até 11:59 pm) por email.